terça-feira, 17 de junho de 2008

Hoje eu vou embora mais cedo... antes que me joguem na arena com os leões.

Essas coisas chocam, mães, tias, esposas, em lágrimas. Mesmo com toda dor, há protesto, e mesmo com todo o erro, o Exército responde com bombas de gás lacrimogêneo e pancadaria. Quem manifesta é tratado como um deliquente marginal, ambos criam desordem e subversão, farinhas do mesmo saco?
A presença do Ministro Jobim é de praxe, é um dever, não merece congratulações, tampouco o cafézinho oferecido por uma tia das vítimas. Até agora não sei como ela deixou que o Jobim entrasse em sua casa, era para ela temer.
Um pouco de realidade: se na Providência, assim como em outras comunidades já presenciamos: Exército, Polícia Militar, Polícia Civil, Força Nacional, fora é claro as facções criminosas, milícias, políticos em pré-candidatura e reparadores de "cagadas", ninguém trouxe a paz. Nem a paz, nem os intrumentos básicos, para que no futuro não houvessem mais guerras.
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Jorge, corta a cerva... pode até levar o casco. Nada adianta, tá entalado.
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Confesso: meu estado é "quase no grau". E isso me remete a um ilustre personagem tanto da história fluminense, quanto brasileira: Brizola. Antes de tudo aviso: não sou PDTista, muito menos perambulo pelas ruas do Centro com aquele lencinho vermelho ridículo no pescoço (não ignoro o que ele representa, apena não gosto do lenço). Mas Brizola não levou repressão a quem por ventura teve de se manter à margem da sociedade, Leonel junto com Darcy Ribeiro lutava pela mudança social através da educação, e a esboçou com os CIEP's. A polícia não subia o morro, não existia fogo cruzado, tampouco trabalhador ferido. Um caminho existe.


Já dizia Paulo Miranda, em 1985, sobre a intervenção da polícia, que se apresenta como: "(...) justiceira, protetora da população e mantenedora da ordem. Como consequência, abre-se campo para policiais corruptos uma vez que, influenciados pela mitificação da imagem do policial, o povo protege e apóia toda ação policial sem discriminação. Essa supervalorização da polícia concorre também como incentivo para violações dos direitos humanos que estão detrás de sua ação."

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Zé, a conta;

"Se o serviço é público, para servir ao povo e não para se servir dele, então é preciso assegurar o direito do povo de se comunicar pelo rádio e pela TV, para defender os seus direitos, para denunciar os abusos e propor soluções para os seus problemas. Só assim teremos instalado uma verdadeira comunicação popular." (D. Angélico Sândalo Bernardino)

Seu Garçom, faça o favor me trazer depressa: caneta e guardanapo.

Opa! Boa Noite.

Há quem até agora esteja falando horrores do Dunga, mas quem sou eu pra dar pitaco na escalação dele? É... Sou brasileiro. Por isso tenho total direito de cobrar tanto um futebol arte, quanto uma política decente, e não decadente.
O que me deixa triste é que os jogos dos nossos deputados, senadores e derivados, duram em média 4 anos, e ninguém passa mais do que meros 15 minutos falando sobre a atuação deles.


É fácil de entender, quando a TV não narra: "-Olha a Dilma no meio-campo, perdeu a bola, Minc tenta desarmar o adversário, ihhhh, GOoooooOOL, gol contra, Gilberto Gil mergulhou em direção a rede com bola e tudo."

Os meios de comunicação de massa precisam ser íntegros, sem essas concessões medíocres, que preveligiam os própios políticos.
Para os desavisados um terço dos 81 senadores e mais de 10% dos 513 deputados federais controlam canais de rádio ou televisão, contrariando os artigos 54 e 55 da Constituição, que deveria reger essa balbúrdia.

Essa é a uma das motivações que originaram a criação deste blog. Por se tratar de um cyber espaço, não existe censura, concessão, privilégio... É o veículo mais democrático, e infelizmente menos acessível.

Até mais.
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Ô Zé, tira o som dessa TV, põe Janis pra tocar, e me traz uma cerveja barata.
Agora sim...